domingo, 30 de maio de 2010

O processo de abolição da escravidão





Desde o período colonial, a escravidão foi a base da economia brasileira. As riquezas que os senhores de terras foram acumulando ao longo do tempo se deu graças à mão-de-obra escrava. Diante disso podemos ver o contraste dessa relação, de um lado aqueles que muito possuíam e de outro aqueles que lutavam para algo possuir.

Aos poucos o fim da escravidão foi se tornando um assunto muito importante, o velho mundo se desenvolvia economicamente, sobretudo, a Inglaterra, e precisava de mercado consumidor, desta forma, a escravidão tornava-se um entrave. Assim, algumas medidas foram sendo tomadas, começando pelo fim do tráfico de escravos que aconteceu em 1850. Porém, no Brasil, o tráfico não só não acabou como aumentou significativamente, como afirma Ronaldo Vainfas (VAINFAS, 2002, p. 16).

A partir de 1880 a campanha abolicionista começa a tomar impulso e acabou por reunir diversas tendências políticas e grupos sociais. Figuras como Joaquim Nabuco, na época deputado pela província de Pernambuco e André Rebouças, ambos de orientação monarquista; José do Patrocínio, jornalista da Gazeta de Notícias e João Clapp, de orientação republicana, foram importantes na contestação do regime escravista (VAINFAS, 2002, p. 19).

Mesmo assim, não foi fácil se pensar numa medida que acabasse de vez com a escravidão, pois havia algumas pessoas que ainda eram a favor dela, principalmente os grandes latifundiários que não imaginavam ver sua economia prosperar sem a mão-de-obra escrava.

As medidas pensadas para pôr fim á escravidão se deram de forma lenta, o Brasil teve três leis abolicionistas em 17 anos, a começar pela Lei do ventre livre, promulgada em 28 de setembro de 1871, elaborada pelo Visconde do Rio Branco que considerava livres os filhos de escravos nascidos desde então. Anos mais tarde, em 1885 foi aprovada a Lei dos sexagenários, promulgada pelo Barão de Cotegipe que tornava livres os escravos com mais de 65 anos de idade. A Lei que realmente a aboliu de vez a escravidão foi a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888.

No entanto, a abolição da escravatura, não teve um desdobramento maior, no sentido de inserir a enorme população que então se encontrava livre. Muitos negros continuaram ligados aos seus senhores, por não terem outra opção de vida. Deste modo, a maioria dos ex-escravos, continuou a margem da sociedade.

 
Referências:
 
VAINFAS, Ronaldo (org). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
 
 
Acima nós temos um facsimile da Lei Áurea e sua próxima atividade é realizar uma disucssão, com seus colegas e com a professora, através do blog, sobre o processo abolicionista, destacando o seu ponto de vista a respeito do tema. Boa sorte!

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